139 municípios, 36 comarcas. Percorrer as unidades judiciais com o “Justiça mais próxima e inovadora” é conhecer os(as) servidores(as), suas formas de trabalho, dificuldades, inovações e, mais do que isso, desbravar um Tocantins de histórias diversas que recebe de braços e sorrisos abertos. Nesta quinta-feira (28/11), foi a vez de estar em Wanderlândia, localizada a 433 km da capital.
A comarca, instalada em 1997, possui 16 servidores(as). Atualmente tem como diretor do Foro o juiz José Carlos Ferreira Machado e atende os distritos judiciais de Darcinópolis, Piraquê e Araçulândia.
A equipe do “Justiça mais próxima e inovadora” foi recebida com calor humano, com educação, respeito e sentimentos de gratidão e emoção. A frase “Há apenas uma maneira de não receber críticas: não faça nada, não diga nada, não seja nada”, escrita em um presente recebido pela presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), Etelvina Maria Sampaio Felipe, norteou o bate-papo na comarca.
“Eu recebo as críticas com o coração e a mente abertos. As críticas nos levam a crescer enquanto pessoa. O ser humano tem propensão para criticar, mas muitas vezes não se coloca a fazer o que o outro faz”, observou a presidente.
Ao falar da consideração que tem pela presidente, o juiz José Carlos Ferreira Machado lembrou dos anos em que trabalharam juntos em Colinas, ressaltou a integridade da desembargadora e elogiou o trabalho à frente do TJTO, que, segundo ele, trouxe inovação e melhorou o trabalho no primeiro grau.
Sobre as inovações, a presidente disse que ainda são “iniciais”, mas a ideia é que o Poder Judiciário ao trabalhar em unidade e próximo do(a) cidadão(ã) consiga avançar no uso da inteligência artificial, por exemplo, para prestar um serviço judicial com ainda mais qualidade.
“Quando a gente fala em inovação, nós não falamos só da tecnológica. Inovação é qualquer outra sugestão que venha melhorar a nossa atividade. Então, qualquer pessoa pode dar uma boa sugestão quando se fala em inovação. Nós não podemos ter medo, porque se nós tivermos medo, nós não vamos fazer nada, não vamos sair do lugar que a gente está. Foi com essa intenção que essa gestão iniciou, mas nós estamos realmente numa fase bem inicial de uso da inteligência artificial.”
Inovações, como a criação da CPE - Central de Processamento Eletrônico, os robôs Renajud, Sisbajud e Baixa Processual, além do Domicílio Eletrônico Judicial - sistema integrado do CNJ, e o Robô do Óbito, são importantes ferramentas para suprir o número reduzido de servidores(as) em relação ao aumento de processos. “Nosso crescimento em termos de demanda só aumentou. No segundo grau, nos anos de 2022, 2023, 2024 o Tribunal de Justiça do Tocantins é o que mais tem recebido processos, inclusive nós superamos tribunais de grande porte. Em 2022 e 2023 nós superamos todos os tribunais. Isso, logicamente, é um reflexo do primeiro grau, nós temos uma demanda muito alta para o nosso Tribunal.”
De sorriso no rosto e atenta a todas as explicações e trocas de experiências, Pedrina Moura de Alencar, técnica judiciária, que responde pela secretaria da diretoria do Foro, está em Wanderlândia desde a instalação da comarca. De lá pra cá viu transformações que impactaram positivamente o trabalho no Judiciário. “Eu sou da época da máquina de escrever, então, com tantas evoluções, a tecnologia chegando mais próximo da gente, ficamos muito felizes, porque o que a gente, às vezes, demorava muito tempo pra resolver, agora com um clique resolvemos e com esses robôs, é uma novidade pra nós, então assim, vai ajudar muito mais.”
Preocupação com o humano
Para garantir que os serviços do Judiciário sejam prestados com qualidade ao(à) cidadão(ã), a presidente do TJTO reforçou as iniciativas da gestão 2023/2025 visando a valorização e desenvolvimento da força de trabalho, por meio da Meta 38, que visa instituir o “Programa de Humanização e Valorização".
“Tivemos o cuidado e a preocupação em atender bem o(a) servidor(a), o(a) magistrado(a). A medida que o(a) servidor(a) enfrenta algum problema, a equipe está pronta para dar devolutiva de forma rápida, na medida do possível. Foi essa nossa proposta, dar essa proximidade do tribunal com as comarcas”, enfatizou a desembargadora, complementando que a interiorização dos serviços de saúde também já é uma realidade.
“Em relação aos servidores, a gestão se preocupou também com a qualidade de vida, a gente sabe que vocês são muito cobrados em termos de metas, nós também somos cobrados, por isso, precisamos de todos. O Poder Judiciário não é feito só por magistrados(as), é feito por magistrados(as), pelos(as) cedidos(as), efetivos(as), estagiários(as).”
Entre os serviços voltados à prevenção e qualidade de vida está a ginástica laboral, que é oferecida em todas as unidades da capital e interior. Isso foi possível por meio dos credenciamentos dos profissionais de saúde. E como em todas as outras visitas do “Justiça mais próxima e inovadora”, o encontro terminou em movimento e, claro, com muito sorriso, como disse a Pedrina: “só gratidão mesmo por tudo que aconteceu no dia de hoje”, e o juiz José Carlos: “com mais energia porque a gente sabe que tem gente lá no Tribunal olhando por nós.”
Integraram a comitiva do Justiça mais próxima e inovadora a diretora-geral Ana Carina Souto; as diretoras de Comunicação e de Gestão de Pessoas, Kézia Reis e Márcia Mesquita, respectivamente; a assessora-técnica administrativa da Diretoria Judiciária (Dijud) - Suporte ao Eproc, Celma Barbosa, representando o diretor judiciário do TJTO, Wallson Brito da Silva; o chefe da Assessoria Militar (Asmil), coronel Jaizon Veras Barbosa; o tenente coronel Ricardo Apolinário; a tenente-coronel Hilma Costa e a fisioterapeuta Hozana Lemos.
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