Só este ano, as doenças cardiovasculares já causaram a morte de quase 370 mil pessoas no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Apesar de assustador, esse número poderia ser muito maior não fosse a evolução do conhecimento médico com relação ao coração. O cateterismo cardíaco com um método similar ao que até hoje é utilizado, por exemplo, foi realizado pela primeira vez, no país, em 1966. Procedimento que, atualmente, é feito quase que corriqueiramente nos hospitais.
Só no primeiro semestre do ano passado, o Ministério da Saúde registrou alta de 16% no número de transplantes cardíacos, uma cirurgia extremamente complexa. Foram mais de 200 cirurgias deste tipo no período. Resultado celebrado pelos especialistas em saúde, como o médico cardiologista Henrique Furtado. "Não dá para negar o quanto a medicina se desenvolveu nos últimos anos e o quanto isso é valioso porque resulta em vidas salvas. Só que esse avanço não pode parar. Tem muita gente que depende do nosso conhecimento avançar", afirma.
O cardiologista, que atua no Tocantins, é um dos convidados a palestrar no XXXIV Congresso Norte-Nordeste de Cirurgia Cardiovascular e XXXI Congresso Paraense de Cardiologia, que começou nesta quinta-feira (28/11), em Belém-PA. Uma das palestras do médico tem o tema "Cirurgia Cardiovascular, presente e futuro”. "Nós precisamos pensar sempre no futuro dos métodos adotados, na realização de procedimentos cada vez menos invasivos e mais eficientes e é isto que esse evento busca", complementa o Dr. Furtado.
O especialista também vai palestrar sobre “Tratamento Cirúrgico das Lesões do Tronco da Coronária Esquerda”. Com mais de 400 estudantes, profissionais da cardiologia e palestrantes, os congressos estão entre os mais importantes eventos deste tipo realizados no Brasil e seguem até este sábado, dia 30.
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